terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Carta falando das variações
Tapiramutá-ba, 30 de novembro de 2009
Querida colega Zanete,
Como você está? Comigo estar tudo ótimo.
Zanete minha amiga, como você sabe, estou no curso de Pedagogia. Dentre as aulas que venho tendo, uma foi da disciplina Português Brasileiro, com o professor Luis Felipe. Surpreendentemente, achei maravilhosa! Como você também é professora, decidi escrever-lhe para destacar a importância de trabalhar em sala de aula textos com as variações lingüísticas, onde podemos utilizar como ferramentas, a oralidade e as produções textuais, tanto na coletividade quanto individual. Assim, devemos trabalhar em sala de aula textos com variações lingüísticas desprestigiadas, fazendo uma comparação dos termos textuais escritos na norma padrão com os termos orais freqüentemente usados pelos educandos, permitindo-lhes perceber que há uma diferença entre o modo de falar e escrever. Nós professores, Zanete, deveremos criar condições favoráveis para que o aluno possa desenvolver ao máximo as suas potencialidades, superando seus bloqueios e dificuldades.
Você acredita, amiga, que antes quando eu não conhecia as variações, enxergava as expressões como errada e, às vezes, nem percebia algumas, pois nunca havia uma correção das mesmas. Talvez tenha sido por falta de conhecimento dos próprios educadores e também da minha família.
Hoje, em relação às variedades lingüísticas, já tenho um outro posicionamento, percebo que é de extrema importância trazer essas variações para sala de aula, para que o aluno possa relacioná-las com a norma padrão. Certamente, Nete, devemos considerar que, de acordo com o tempo proposto, a fala e a escrita estão certas, só dependerá da ocasião adequada para empregar cada termo desejado. Por isso, devemos concretizar o aluno sobre a existência dessa norma padrão, para que ele possa utilizá-la de forma adequada.
Portanto, depois desta aula, já pretendo trabalhar em sala de aula dando prioridade às variedades lançadas pelos alunos e, a partir daí, trazer a norma padrão para classe, porém, respeitando-lhes nas suas maneiras de expressar as variações lingüísticas.
Amiga Zanete, termino esta carta com muita saudade de você. Desejo-lhe uma boa sorte em todo seu percurso de trabalho. Além disso, espero que você concorde e goste das minhas sugestões.
Quando você fizer algumas descobertas interessantes, referentes ao nosso trabalho, por favor, passe para mim também. Vou ficar muita agradecida.
Um forte abraço,
Maria da Paz Almeida
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