quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Caros colegas, o Ciclo II está chegando ao fim, para mim está sendo mais uma vitória. Cada Ciclo que passa ampliamos conhecimentos, e assim, crescemos na nossa carreira profissional.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Resumo do filme Vidas Secas


Resumo da Obra:
Publicado pela primeira vez em 1938, Vidas Secas é composto por 13 capítulos independentes, que podem ser lidos como contos ou juntos, como um romance.

Mudança
Uma família de retirantes, composta por Fabiano, sinha Vitória (curiosamente, Graciliano Ramos não acentuou a palavra como oxítona, sinhá), dois filhos – o menino mais velho, o menino mais novo –, a cachorra Baleia e o papagaio, foge da seca. Em meio à caminhada, o menino mais velho põe-se a chorar e o pai o xinga, fustigando-o com a bainha da faca de ponta pensando em deixá-lo para trás para morrer. Eram seis viventes, contando o papagaio, porém a fome era tamanha que a ave se transformou em alimento, já que era muda e inútil. Fabiano percebe uma nuvem, aponta-a para a mulher e, chegando ao pátio de uma fazenda abandonada, fixam residência.
Fabiano
Fabiano, homem embrutecido capaz de perceber suas limitações, filho e neto de vaqueiros, apossa-se da casa abandonada. Porém, o fazendeiro volta por causa da melhoria do tempo e, depois de expulsar a família, acaba aceitando Fabiano como vaqueiro.
O patrão mostra autoridade descompondo Fabiano, que se desculpava e prometia emendar-se, pois sabia que não podia perder o emprego e que o fazendeiro só precisava mostrar autoridade. Na verdade, sabia que a seca ia chegar, que nem valia a pena trabalhar.
Fabiano tem grandes dificuldades lingüísticas, porém é consciente delas. Seu vocabulário é mínimo, reduzindo-se, às vezes, a sons guturais.
Cadeia
Fabiano vai à feira da cidade para fazer compras, toma pinga e percebe que seu Inácio coloca água em tudo que vende. Sai e senta-se na calçada. Um soldado amarelo bate-lhe no ombro e convida-o para jogar trinta-e-um. Fabiano procura palavras para recusar o convite, porém, como soldado é autoridade, acaba acompanhando-o, joga, perde e sai furioso da sala, contrariando a ordem do soldado que o mandava esperar. O vaqueiro estava pensando numa desculpa para dar à mulher quando o soldado, de repente, empurra-o e planta o salto da botina em cima da alpercata de Fabiano, que solta um palavrão, ofendendo a mãe do soldado. Levado para a cadeia, o vaqueiro apanha muito e, novamente, analisa sua situação de homem- bicho:

Fabiano deseja vingar-se, mas muda de idéia quando pensa na família, considerando que, assim como o patrão, o soldado precisava exercer seu autoritarismo.Sinha Vitória
Sinha pensa em vender as galinhas para realizar o sonho que tinha havia mais de um ano: possuir uma cama de lastro de couro igual à de seu Tomás, constatando que só faltava a cama para serem felizes. Tem medo de uma nova seca, porém a companhia do marido a faz sentir-se segura.

Sinha Vitória
Sinha pensa em vender as galinhas para realizar o sonho que tinha havia mais de um ano: possuir uma cama de lastro de couro igual à de seu Tomás, constatando que só faltava a cama para serem felizes. Tem medo de uma nova seca, porém a companhia do marido a faz sentir-se segura.

Sinha Vitória é mais inteligente que os demais, parecendo ter conhecimento decorrente de outro meio social, controlando as contas e os sonhos de todos.
O menino mais novo
O ideal de vida do menino mais novo é ser igual ao pai, forte e vaqueiro. Sua emoção maior aconteceu quando a cilha arrebentou e o pai, para espanto e entusiasmo do filho, caiu em pé.
No dia seguinte, foi para o bebedouro e, quando o bode chegou para beber, saltou sobre ele, mas os pulos foram tantos que o menino acabou caindo no meio da lama, sob as risadas do irmão mais velho, a reprovação de Baleia e o medo da possibilidade de surra.

O menino mais velho
O menino mais velho sente curiosidade pelo significado da palavra inferno e, sem uma resposta elucidativa do pai, procura a mãe, que aludiu vagamente a um lugar ruim demais. O filho pergunta à mãe se o tinha visto e ela, indignada, aplica-lhe um cocorote. O menino, seguido pela cachorra, sai de casa. A cadela tenta distraí-lo brincando, oferecendo-lhe a amizade que ele tanto procurava.

Os dois irmãos têm sonhos bem distintos: o menino mais novo, ainda encantado, sonha ser igual ao pai e sobressair-se realizando algo; o menino mais velho deseja conhecer o significado da palavra inferno, desvendar a vida e ter amigos. Ambos podem ser considerados sinédoque da criança nordestina.
Inverno
Fazia frio intenso e a família reuniu-se em torno do fogo. Fabiano procura conversar e, por meio de monossílabos e frases sem sentido, tenta contar uma história, mas é interrompido pelo filho que vai buscar lenha. Recomeça a obscura história e é novamente interrompido com uma discussão entre os meninos.

Baleia enjoou da história e queria que todos se deitassem para que ela pudesse dormir também. Todos têm medo da tempestade, pois ela é sinal de seca.
Festa
Era festa de Natal na cidade. Todos se sentiam mal nas roupas que não eram normalmente usadas, principalmente incomodados pelos sapatos. Na igreja, os meninos se encantavam com as imagens e as luzes. Fabiano evitava falar com as pessoas da cidade, desconfiado de todos. Na verdade, sentiam-se humilhados em contato com as outras pessoas. Ao terminar a missa, as crianças foram brincar nos cavalinhos, enquanto Fabiano embriagava-se. Baleia desapareceu por momentos, deixando todos preocupados. A festa termina, Sinha Vitória sonha com sua cama de couro e Fabiano tem pesadelos com muitos soldados amarelos.
Baleia
Baleia estava doente, prestes a morrer. Fabiano achou que ela estava com hidrofobia e apressou a morte do animal. Os meninos ficaram inconsoláveis pela perda da irmã e o coração de Sinha Vitória também ficara pesado. Baleia desconfiou das intenções de Fabiano, que acaba acertando-lhe um tiro nos quartos traseiros. Ela foge e, em meio à agonia, misturam-se presente, passado e futuro nos pensamentos dela, sonhando com outro tipo de vida. Não podia entender o porquê da atitude de Fabiano.

Baleia era considerada pessoa da família, sensível, fiel, humanizada, enquanto Fabiano animaliza-se e acredita ser bicho em face das condições de vida de um típico retirante. Note que a cachorrinha possui nome próprio e os meninos, não.
Contas
O patrão roubava Fabiano na hora da partilha, obrigando-o a vender seus cabritos por um valor muito pequeno. Sinha Vitória fazia as contas para Fabiano e elas não conferiam com as do patrão.

Um dia, Fabiano reclamou e o patrão mandou-o procurar serviço em outro lugar. Então, o vaqueiro desculpou-se e foi tentar vender um porco magro para cobrir as despesas, mas um fiscal da prefeitura acabou infligindo-lhe um imposto e uma multa pela tentativa de venda.
O soldado amarelo
Em meio à caatinga deserta, Fabiano encontra-se com o soldado amarelo que o havia prendido. Por um segundo passa-lhe pela cabeça a idéia da vingança, pois percebeu que podia dar fim ao soldado com facilidade já que ele tremia acovardado. Fabiano afrouxou-se, pensou que apanhar do governo não é desfeita. O soldado, percebendo a mudança do vaqueiro, perguntou-lhe o caminho e ele, tirando o chapéu, curvado, ensinou-lhe.
O soldado amarelo é símbolo de repressão e do autoritarismo pelo qual é comandado (ditadura Vargas), porém não é forte sozinho; sem as ordens da ditadura, é fraco e acovarda-se diante de Fabiano.
O mundo coberto de penas
O mulungu cobria-se de arribações e era um sinal evidente de que a seca estava voltando, prenúncio de miséria e sofrimento. As aves consumiam a água que mantinha vivos os animais, segundo Sinha Vitória e, no desespero, Fabiano procura abater com a espingarda as aves que pode. Pensou em Baleia, em recordações dolorosas, na covardia, no soldado amarelo, no patrão.
Era necessário abandonar aquele lugar.
Fuga
A fazenda estava despovoada. Fabiano e a família partem de madrugada em silêncio, deixando para trás o sonho. Sinha Vitória lembra-se de Baleia e chora. Fabiano espera que algo aconteça e reverta a situação, por isso caminha lentamente. Marido e mulher amparam-se e pensam juntos pela primeira vez. Sinha Vitória fala da esperança de dias melhores, cultivariam um pedaço de terra, os meninos iriam para a escola e seriam diferentes dos pais.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O PAPEL DA ESOLA




A escola é uma entidade com fins educativos, seja ela particular ou não, composta por alunos, professores e outros funcionários. Sendo a base para a formação de um cidadão crítico, capaz de formar opinião concordando ou discordando de assuntos da comunidade de forma mais segura. É também um espaço aberto para todos adquirirem saberes diversificados em vários aspectos. Pensando nisso, a chamamos de “fabrica de saberes”, pois, a escola nos prepara para a vida, porque ela nos dar subsídios para construir o conhecimento que trazemos da vida, mas, é nessa fábrica que nos aperfeiçoamos para serem mediadores contribuindo de forma significativa no processo de formação do individuo. Mas não é a única detentora do conhecimento porque não temos um modelo singular de educação e a instituição escolar não e dona do mesmo.
No Brasil, por exemplo, existe uma diversidade de culturas e cada uma delas tem sua forma de aprender, de ensinar, de aprender a fazer e conviver. Todos os dias estamos envolvidos, sempre, com a educação em casa, na rua, na escola, no trabalho, na igreja e isso tem que ser valorizado.
É importante destacar a função da família. É no seu lar onde a criança tem sua primeira educação, essa voltada para os princípios básicos que norteiam as demais educações do aluno nos diversos contextos e ambientes de acesso. Segundo Arca; “A educação tem como fim integrar o homem e torná-lo sensível para enfrentar os desafios da vida”.
É importante refletir sobre o processo como o sujeito aprende, e esse refletir deve-se principalmente a nós educadores que acreditamos numa formação integral do indivíduo voltada aos princípios de formação e cidadania.
É também papel da escola proporcionar integração entre as diversas áreas do conhecimento humano, além disso, foi essencial o conhecimento produzido que se refere aos quatro pilares da educação enfatizados no relatório de Delors (2001) sobre educação. Sendo esses quatros saberes ou pilares: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, fundamental para uma nova abordagem quanto a educação que temos e a educação que queremos para o agora e principalmente para o futuro.
A escola deve ser um ambiente acolhedor e iterativo, onde os alunos sintam o prazer de enfrentá-la e possam a cada dia ampliar seus conhecimentos, não deve ser um lugar de discriminação ou exclusão, onde às vezes acontece pelo próprio docente e funcionários. A mesma não deveria ser lugar de vandalismos, o qual tem acontecido com alguns discentes.
Sendo assim, é papel da escola garantir habilidades e competências para o desenvolvimento integral dos educandos, porém é dever da gestão pública e da sociedade em geral, fornecer subsídios necessários para que a escola cumpra o seu dever e a melhoria da qualidade educacional.
Através da observação e a reflexão do que a escola representa, percebemos que há muito que fazer pela educação desse país, principalmente do que diz respeito às oportunidades a serem oferecidas pela escola, uma vez que precisamos de profissionais mais qualificados no mercado de trabalho.
REFERÊNCIAS:
DELORS, J. (Org.), Educação: um tesouro a descobrir, São Paulo, Cortez, Brasília, MEC/ UNESCO, 2000.
MÓDULO FTC EaD, Primeiro Semestre, 2007.
XIMENES, SERGIO, 1954 - Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa 2ª ed. – São Paulo, 2003.

Carta falando das variações





Tapiramutá-ba, 30 de novembro de 2009

Querida colega Zanete,

Como você está? Comigo estar tudo ótimo.
Zanete minha amiga, como você sabe, estou no curso de Pedagogia. Dentre as aulas que venho tendo, uma foi da disciplina Português Brasileiro, com o professor Luis Felipe. Surpreendentemente, achei maravilhosa! Como você também é professora, decidi escrever-lhe para destacar a importância de trabalhar em sala de aula textos com as variações lingüísticas, onde podemos utilizar como ferramentas, a oralidade e as produções textuais, tanto na coletividade quanto individual. Assim, devemos trabalhar em sala de aula textos com variações lingüísticas desprestigiadas, fazendo uma comparação dos termos textuais escritos na norma padrão com os termos orais freqüentemente usados pelos educandos, permitindo-lhes perceber que há uma diferença entre o modo de falar e escrever. Nós professores, Zanete, deveremos criar condições favoráveis para que o aluno possa desenvolver ao máximo as suas potencialidades, superando seus bloqueios e dificuldades.
Você acredita, amiga, que antes quando eu não conhecia as variações, enxergava as expressões como errada e, às vezes, nem percebia algumas, pois nunca havia uma correção das mesmas. Talvez tenha sido por falta de conhecimento dos próprios educadores e também da minha família.
Hoje, em relação às variedades lingüísticas, já tenho um outro posicionamento, percebo que é de extrema importância trazer essas variações para sala de aula, para que o aluno possa relacioná-las com a norma padrão. Certamente, Nete, devemos considerar que, de acordo com o tempo proposto, a fala e a escrita estão certas, só dependerá da ocasião adequada para empregar cada termo desejado. Por isso, devemos concretizar o aluno sobre a existência dessa norma padrão, para que ele possa utilizá-la de forma adequada.
Portanto, depois desta aula, já pretendo trabalhar em sala de aula dando prioridade às variedades lançadas pelos alunos e, a partir daí, trazer a norma padrão para classe, porém, respeitando-lhes nas suas maneiras de expressar as variações lingüísticas.
Amiga Zanete, termino esta carta com muita saudade de você. Desejo-lhe uma boa sorte em todo seu percurso de trabalho. Além disso, espero que você concorde e goste das minhas sugestões.
Quando você fizer algumas descobertas interessantes, referentes ao nosso trabalho, por favor, passe para mim também. Vou ficar muita agradecida.

Um forte abraço,

Maria da Paz Almeida